No dia 21 de setembro, a partir das 15 horas, na praça da Estação da Cidadania, Av. Ana Costa, 340, acontecerá o lançamento do movimento Santos Mais Verde, que reúne diversas entidades da sociedade civil, preocupadas com a melhor qualidade de vida dos moradores da cidade e que pretendem reverter a falta de espaços públicos para atividades saudáveis, em contato maior com a natureza.
A data foi escolhida por ser o Dia da Árvore, e onde estarão representantes de diversas entidades que apoiam o movimento. No ato do evento, haverá a divulgação de um diagnóstico da cidade, com vistas a fazer parte de uma proposta de Programa Municipal “Santos Mais Verde”, e ainda, para fomentar um amplo debate com a sociedade civil, juntamente com o poder público e a iniciativa privada para o cumprimento em Santos do Programa Cidades Verdes Resilientes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Situação de emergência
Vivemos um momento de emergência climática, com o aumento da temperatura ambiente e poluição atmosférica, causando diversos problemas de saúde e até mortes de pessoas mais vulneráveis. É preciso que se criem novas ações para reverter esse problema e tornar nossa cidade mais verde, inclusive ampliando e qualificando a arborização urbana, suas praças, parques e áreas verdes. Iniciativas como a criação do Parque Municipal Engenho dos Erasmos são importantes e necessitam ser ampliadas, como demonstram, dentre outros, o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica.
É um desafio que os integrantes do movimentam querem abraçar, pois não se trata apenas de meros plantios de mais árvores, mas a tudo que se relaciona com essa primeira medida, como a economia verde, a saúde, a educação e o meio ambiente em todo seu entorno. O clima, não só na cidade de Santos, mas em todo o Brasil, está a pedir urgência pelas mudanças de comportamento, desde o consumo, o trato com o lixo, a poluição dos oceanos, a falta de conscientização para os problemas de convivência social.
Segundo o Censo do IBGE de 2022, Santos é o município mais verticalizado do país. Além disso, já possui 284.562 carros, ou 2 carros para cada 3 habitantes. O fato que é comemorado por alguns como sinal de progresso, na verdade está na contramão do desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente e a qualidade de vida. Pode-se verificar que bairros populosos, como Campo Grande ou Encruzilhada, não mais dispõem de praças.
Existem ainda áreas verdes nos morros e na área continental, mas são de difícil acesso aos moradores da parte insular, que praticamente só dispõem do Jardim da Praia. Já os moradores dos bairros mais afastados da praia não têm mais praças ou áreas verdes.
Algumas sugestões do Programa Cidades Verdes Resilientes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
já estão no bojo do movimento, tais como : Uso e ocupação sustentável do solo; Áreas verdes e arborização urbana; Soluções baseadas na natureza; Tecnologias de baixo carbono; Mobilidade urbana sustentável; Gestão de Resíduos Urbanos.
Para tanto, algumas ações deverão ser seguidas – Articulação institucional; Orientações Técnicas e Normativas; Capacitação, Educação Urbano-Ambiental e Informação; Fomento à elaboração de diagnósticos, planos, projetos e intervenções; Ampliação e facilitação do acesso a mecanismos de financiamento tradicionais e inovadores.
As ações no lançamento
A ideia do programa no dia 21 de setembro, além da participação dos parceiros já envolvidos no movimento, é chamar a atenção para o público em geral com faixas nos semáforos próximos à Estação da Cidadania, distribuição de mudas de plantas, cartazes espalhados nos arredores, música na praça, educação ambiental com práticas de compostagem, apresentação de documentários em telão, um painel, onde as pessoas poderão se expressar sobre o que querem e o que não querem mais para a cidade, além de roda de bordados, danças circulares, práticas de semeaduras, mediação de leitura, produtos naturais e passeio ciclístico, terminando na praça.
Parceiros e apoiadores
ABEFC – Art.bras.pela economia de Francisco e Clara;
Arte no Dique; Composta e Cultiva; Concidadania; CSA Acerola Santos; Empreendedoras 55; Fórum de Economia Solidária da Baixada Santista; Frente ambientalista; Horta Comunitária Bons Frutos; IAB – Instituto de Arquitetos do Brasil; Instituto Multiverso; A. Cultural Jose Marti; Linhas de Santos; Livres Coop – Baixada Santista; Instituto Lixo Zero Baixada Santista; Instituto Recicla Mundo; Coletivo Feminista Classista Antirracista Maria vai com as Outras/BS; Grupo Mulheres do Brasil – Santos; Núcleo BrCidades RMBS; Observatório das Metrópoles (núcleo Baixada Santista); Pastoral da Ecologia da Diocese de Santos; Onda de Nós; Projeto Óleo Noel; União de Amparo à Comunidade de Escolas Públicas (UACEP).
Aqueles que quiserem se engajar ao movimento, o site pode ser acessado pelo http://santosmaisverde.org/, onde constam maiores informações sobre o programa.
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